segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Balanço da Quarentena


Daqui a pouco a família Alves Lis fará 40 dias de existência.
Isso acontecerá assim que soarem as badaladas da meia-noite.
A Cinderela e o Príncipe encantado já viraram abóbora faz tempo, mas tudo bem...rss... daqui a uns 2 meses, eu creio que tudo volta ao "normal".
Por "normal", entenda-se: noites de sono mais ajustadas, barriga menos proeminente, a cicatriz da cesárea menos dolorida, tornozelos com ossinhos aparentes, não precisar aparecer na frente dos parentes de pijama/robe/camisola com botões mal-abotoados ou abotoados erradamente de tanto abotoa-desabotoa, românticos passeios de carrinho de manhã, domingos plácidos na igreja e sábados alegres nas casas dos avós. Utopia? Só o tempo dirá.
Durante esta quarentena-resguardo-dieta-repouso (ou seja lá que nome dão a esse período pós-parto), muita coisa aconteceu: a Su mudou de cara umas cinco vezes (rs), o elemento mãe aprendeu a vestir e despir rápido uma criança inquieta, testemunhamos as maravilhas da funchicórea, descobrimos que há diferença entre regurgitar e vomitar, o elemento vovó-anjo veio viver intensamente os dias de quarentena na nossa casa para tentar preservar a sanidade mental da família...rs. E ela teve grande êxito nesta empreitada quase santa. Se não fosse ela, não sei o que faríamos...aliás, sei, sim: nós nos internaríamos - huahuahua.
Almejamos ser capazes de fazer pela Su pelo menos metade do que ela tem feito por nós e já vamos ser considerados pais exemplares.
Agora resta aguardar mais 3 longos dias para ir à pediatra e perguntar se já podemos zanzar por aí com a Su a tiracolo sem medo da famigerada gripe. Esperamos que essa liberação ocorra antes que ela consiga ir com as próprias perninhas...rs
É chato dizer pras visitas não virem e falar "não" quando elas insistem em marcar um dia, parece que nós é que não queremos receber... mas contamos com a compreensão de todos em relação a esse vírus chatinho.
Esperamos em breve apresentar a Su em alto estilo para a sociedade...:)

Dica Gourmet do Dia


A quem interessar:

A pizza do Disque-Pizza é maravilhosa, a pizza feita em casa é uma delícia, mas... na hora da pressa, sempre é bom ter uma pizza congelada pra tirar da cartola. Do freezer pro forno e pronto: em 15-20 minutos, nasce uma pizza crocante e quentinha, o que é ótimo se a sua família ou suas visitas estão no modo draga ON.
Na nossa humilde opinião, as das marcas Batavo e Perdigão são as melhores no quesito "sabor", "crocância" e "quantidade de recheio".
Não gostamos da Sadia nem de marcas genéricas justamente porque pecam nos quesitos acima.
É comer pra crer.
Elegemos o sabor "frango com catupiry" como o melhor de todos.

domingo, 23 de agosto de 2009

"Mesversário"



Hoje foi o mesversário da Su e logo de manhã eu pedi para o elemento marido comprar um bolinho no supermercado. O plano era simples: espetaríamos uma velinha e cantaríamos "parabéns pra você" para registrar o momento. Simples e básico.
Enquanto isso, meus pais chegaram na nossa casa pra nos dar a ajuda básica diária e eles também haviam comprado outro bolo no mercado...rs
Não adiantou ligar pro celular do marido avisando pra ele não comprar, pois ele havia deixado o celular em casa.
Ficamos com 2 bolos...que PENA...rs. E o mesversário foi bem divertido... ela ganhou uma boneca dos meus pais...e não é que ela ficou olhando a boneca quando abrimos o pacote?
Como hoje fez um frio terrível (cerca de 8 graus), coloquei meu sobretudo e soltei o cabelo pra tirar algumas fotos decentes. Ninguém merece sair nas fotos do mesversário da filha com pijama de abotoar, né?
Depois das fotos, cantamos parabéns pra ela e voltei ao meu "uniforme de mãe"...huahuahua
Parabéns, filhinha!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Novidades


Hoje de manhã fomos fazer o "teste da orelhinha". Su passou...se bem que não restava dúvidas...ela ouve, e muito bem! rs
Depois ela foi tomar a vacina BCG, a que deixa a marquinha no braço forever... e enfermeira disse que não dói...sei...sai sangue do bracinho, como que não dói? Ela chorou e eu chorei junto... que dó...

Agora acabamos de dar banho na Su...
É incrível, a gente passa muito mais tempo preparando a água, tirando e colocando a roupa do que dando banho propriamente...rs

O corte da cesárea abriu um ponto... Estou tendo que fazer curativo neste ponto todo dia, o que não precisaria se estivesse tudo ok... que chatice...
A médica falou que, se ficar vermelho em volta ou se eu tiver febre, é pra ligar pra ela... graças a Deus, nada disso aconteceu, mas é horrível ter um ponto aberto. Dói mesmo.
Isso pode ter sido causado por vários fatores: ou por eu ter pegado peso, ou por ter feito alguma força que não podia, ou por ter tossido muito ou espirrado.
Como eu espirrei forte dois dias depois da cirurgia (e espirro repentino não dá pra segurar...horrível), acho que foi por esse motivo...


Ainda não me acostumei com a nova vida... não consegui estabelecer uma rotina porque todo dia tem uma novidade diferente: um dia ela regurgita em todas as roupas, outro dia ela não regurgita nada... tem noites que ela fica em claro (e a gente também), outra noite ela acorda 2 vezes pra mamar, outra noite ela vai direto num sono pesado...um dia ela tem muita cólica, no outro não tem nada... enfim, cada dia tem sido muito diferente do outro.
A única coisa que não muda é: ela é muito, muito, muito gulosa...se eu deixar, ela fica pendurada no peito o dia inteiro, sem intervalo...
Wind brinca que devíamos mudar o nome dela pra MAGALI...rss


Às vezes eu olho a Su de longe e penso que vejo algo branco no meio dos lençóis... quando vou ver de perto, é o rostinho ela... precisa tomar um solzinho pra ver se fica morena como a mãe ou vermelhinha que nem o pai...rs

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Hoje a Su...


...descobriu que pode se espreguiçar! hehe

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Lágrimas


Ontem a Su chorou pela primeira vez com lágrimas.
Foi após o banho... que dó ver aqueles olhinhos molhados!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Primeiro Dia dos Pais...




- Bom dia, papai! Feliz Dia dos Pais! - dizia o elemento mãe, enquanto balançava o elemento filha no ar e afofava um embrulho brilhante.

O elemento pai acordou, abriu o embrulho, vestiu a camisa e tirou esta foto. O primeiro Dia dos Pais de Wind e Su.

domingo, 9 de agosto de 2009

Primeiros Dias


Nada, absolutamente nada do que me falaram sobre os primeiros dias com um bebê em casa se mostrou 100% verdadeiro para mim.
Muitos me disseram que o primeiro mês beira o inferno, que você enlouquece, que é um pesadelo. No meu caso não foi assim. Tive a felicidade de contar com ajuda da minha mãe, pai, tia, marido e eles aliviaram muito as tarefas da casa e os cuidados com o bebê.
Muitos me falaram que não sobra tempo pra nada. No meu caso não foi bem assim e justamente pelo motivo acima. A gente precisa otimizar mais o tempo, isso é verdade. Aproveitar 2 minutinhos aqui, 5 minutinhos acolá...
Outros me falaram que depois de um filho você não tem mais vida. Vamos combinar que não é bem assim, né?
Alguns me alertaram que eu nunca mais iria dormir. Também não é assim. "Dormir menos" não quer dizer "não dormir nunca".
Alguns chegavam a rir maliciosamente ao comentar que agora, sim, eu ia ver o que é sofrer...
Puxa, como tem gente que gosta de fazer da maternidade algo pesado, triste e com mais cara de castigo do que de bênção! E não é bem assim...
O primeiro dia em casa, por ser o primeiro, foi bem complicado porque uma nova rotina teria que ser estabelecida na minha cabeça e na cabeça da Su. E nós duas precisávamos de tempo pra nos acostumar com isso.
Esse tempo, eu creio que chegou no terceiro dia.
Antes disso EU me recusava a dormir para ficar prestando atenção na respiração dela, pra checar se estava tudo bem, pra analisar cada barulhinho que ela fazia enquando dormia.
Mas EU escolhia fazer isso. Era opção MINHA e não seria justo nem lógico eu culpá-la por eu não ter uma noite decente de sono. Mea culpa, mea maxima culpa...
Após o terceiro dia, já esgotada fisicamente, eu cheguei à conclusão de que o bom sono dela dependia apenas de Deus, não de mim. E que, se eu não cuidasse de mim primeiro, não poderia cuidar dela. Foi aí que me permiti dormir, tirar cochilos e descansar durante o dia.
A amamentação foi um processo demorado porque meu leite demorou a descer. Disseram que ia descer no terceiro dia... sei...ele desceu só no sétimo dia! Foi um desespero... Mas desceu e é isso o que importa. Até lá, ela ficou tomando complemento e não adiantava eu ficar me martirizando por causa disso.
Tive uma visão muito romântica do parto natural e dei com os burros n'água porque não aconteceu o que eu esperava. Após essa primeira frustração, vi ruir também a minha visão romantizada da amamentação. Não encaro a amamentação como um prazer porque não acho legal ficar olhando pro teto e pras paredes sem fazer nada. Eu podia ficar olhando nos olhos do bebê,acariciar sua cabeça, claro... mas ele pega no sono segundos depois de começar a mamar, ou seja, não rola aquele clima romântico entre nós... ele mama de olhos fechados quase o tempo todo e eu... fico pensando na morte da bezerra - rs.
Por outro lado, também não encaro a amamentação como um sacrifício nem como martírio. Até seria, se meu peito rachasse ou ficasse sangrando...o que não acorreu.
Ter pele morena tem o seu valor... não serve só pra pegar uma cor no verão, né? rs

A amamentação, pra mim, é um DEVER. Eu penso assim: gerei esse ser e agora é meu dever alimentá-lo. É minha obrigação biológica. É natural. É instintivo. Eu só acho chato que eu não seja capaz de alimentá-lo até encher o seu tanquinho... mas tudo bem, inventaram o complemento pra isso mesmo... não adianta chorar sobre o leite não-derramado (ui, essa foi modo infame ON - rs)...agora já me conformei.
Nem prazer, nem martírio. É um dever natural. Simples assim.

A primeira consulta ao pediatra foi triste porque a Su havia emagrecido. Já a segunda consulta foi ótima porque ela havia engordado bem e se recuperado. Uma vitória!
E aos poucos a Su foi entrando no "esquema" da casa. E todos sobrevivemos.
E você conclui que muitos aspectos da maternidade e da paternidade não são inatos nem brotam do nada. A maternidade se aprende. A paternidade se aprende. E a gente nunca para de aprender.

Relato do Parto



A minha gestação transcorreu bem até 39 semanas e 3 dias.
Engordei 15 kg (mais do que os 12 kg que a médica tinha recomendado, mas tudo bem - já que é pra ganhar quilos de qualquer jeito, se joga! - modo Magali ON).
De manhã fui ao consultório para o exame semanal de rotina e fiquei feliz porque tinha perdido 100g. Porém, minha pressão deu 13 por 9. Estranho, porque o normal para mim é ter 10 por 6 ou 11 por 6.
A médica escutou os batimentos cardíacos e estava 116 bpm. Segundo ela, deveria estar no mínimo 120 e ela mandou eu me internar para realizar mais exames.
Após horas esperando para fazer uma cardiotoco e uma eco e mais algumas horas internada na sala de pré-parto e deitada em decúbito lateral esquerdo (esse termo me perseguiu a gestação toda, pois eu gosto mesmo é de deitar do lado direito), a pressão baixou pra 11 por 7 e os batimentos do bebê subiram pra 140 bpm.
Achei então que estava tudo certo e fiquei esperando a médica me liberar. Tudo o que eu queria era alta e janta...(estava internada em jejum)
Qual não foi a minha surpresa quando a médica veio e disse que a melhor coisa a fazer era interromper a gestação o quanto antes para o episódio de subida de pressão não se repetir e o bebê não sofrer de novo.
Depois de meses me dedicando à academia e me preparando fisicamente pra ter um parto normal, depois de ir ao curso de gestante e saber passo a passo como proceder durante as contrações, depois de tudo o que eu tinha lido pra ter um bom parto normal, depois de me alegrar com o fato de que eu tenho esse quadril enoooorme e que ele ia mostrar sua utilidade finalmente (quadril grande não podia existir só pra atrapalhar na hora de comprar um jeans, né?), enfim, depois de tanta espera por um parto natural, essa notícia caiu feito uma bomba. Nem voltei pra casa, apenas troquei de quarto e fiquei esperando chegar a minha hora.
Tudo o que eu menos queria era cortar sete camadas de pele desnecessariamente. E no fundo eu achei que era desnecessário tudo aquilo. Wind ainda lembrou que poderíamos tentar induzir um parto normal, mas a médica foi irredutível e disse que a cesárea era o melhor a se fazer.
No dia seguinte de manhã a enfermeira foi ao quarto me buscar para fazer a cesárea. Fui chorando pro centro cirúrgico, pensando na frustração de fazer uma cirurgia que eu não queria. A enfermeira perguntou o motivo do choro, se eu estava com medo...e eu falei que não era medo, mas estava chateada por não fazer o parto normal. Ela se virou pra mim, me olhou como se eu fosse um ET e perguntou:
- Você QUER parto normal?
- Sim, quero...
Alguém merece viver em tempos em que o normal passa a ser anormal???
Bom, fui pra sala, já naquele modelito charmosérrimo de hospital, coloquei a touquinha e as meias e fui pra sala onde eu ia entrar na faca...rs
Lá a dra. falou comigo e me apresentou os 2 anestesistas. Uma era a dra. Giza, um amor de pessoa, muito atenciosa. O outro era um brincalhão, não lembro o nome dele, mas tentou manter o clima descontraído na sala.
Sentei pra tomar anestesia, a agulha entortou nas minhas costas e demorou pra fazer efeito...quando conseguiram, me deitaram rapidamente na maca. A essa altura a dra. Giza me pediu pra levantar as pernas, perguntou se eu conseguia levantá-las...
-É claro que consigo - pensei eu.
Doce ilusão. Nada se mexia. O efeito da anestesia foi subindo, subindo, até chegar à altura do estômago. Nessa hora foi horrível, pois senti muita vontade de vomitar, passei muito mal. Mas como eu estava em jejum há 12 horas, não tinha O QUE vomitar. Um tempo depois o mal estar passou e Wind entrou.
Foi tudo muito rápido. Perguntaram se eu estava ouvindo algum barulho, pois já estavam rompendo a bolsa. O barulho era estranhíssimo,parecia uma sacola plástica sendo cortada com estilete, mas era um barulho mais seco, que lembrava papel. Depois desse barulho veio o chorinho mais fofo do mundo.
Eu chorei sem nem ter visto nada. Aquele choro era o sinal que tudo tinha chegado ao fim. Logo alguém da equipe passou rapidamente com a Su e pudemos vê-la. Ela olhou pra nós. Wind estava entretido tirando fotos. Eu só chorava.
Depois colocaram-na perto da gente e alguém se ofereceu pra tirar uma foto de nós 3.
Após isso, Wind foi embora junto com o médico que segurava a Su; foram apresentar o bebê à família.
Eu fiquei um tempão sendo costurada (o que deve ter levado uns 40 minutos, acho) e depois quase 2 horas me recuperando da anestesia numa sala isolada com outras mamães.
Depois vieram 3 enfermeiras e me levaram "correndo" pelas rampas da maternidade até o meu quarto.
Uma parte muito ruim foi quando me transferiram da maca pra minha cama...é uma maneira muito bruta de transportar uma pessoa recém-operada...será possível que não inventaram ainda uma maneira mais suave de fazer isso?
Eu ainda vou inventar uma "pá transportadora" de doentes. E também uma pá transportadora de bebês, do colo ao berço...
Como é que não pensaram nisso antes? rs
Bom, voltando ao relato...não acaba por aí.
A anestesia levou praticamente 24 horas pra sumir totalmente. Até lá, haja malabarismos pra amamentar sem conseguir virar o corpo e sem conseguir usar uma das mãos (espetada com o soro). E a coceira pelo corpo todo, efeito da anestesia?
Eu me arranhei tanto que meu nariz descascou completamente.
Isso tudo aconteceu no dia do nascimento da Su.
Hoje eu entendo que a cesárea foi mesmo uma providência divina para o meu caso. Quatro dias depois, a pediatra da Su recomendou que não saíssemos de casa com ela e que não recebêssemos visitas devido à epidemia de gripe suína na nossa cidade.
No mesmo período, um número grande de gestantes começou a morrer nos hospitais devido à gripe. E as gestantes começaram a ser consideradas grupo de risco. Isso tudo apenas alguns dias após o nascimento da Su.
Hospitais começaram a proibir visitas. Pessoas começaram a procurar álcool em gel desesperadamente, o que acarretou na falta deste produto no mercado. Igrejas cancelaram cultos e células para evitar aglomerações.
E dias antes da bomba estourar pra valer, eu pude chegar em casa com tranquilidade e acomodar a Su em seu novo lar. E ainda pude receber visitas por uns 3 dias.
Obrigada, Senhor, porque os teus caminhos são mais perfeitos que os meus caminhos e os teus pensamentos são mais altos que os meus pensamentos! (Isaías 55)

sábado, 8 de agosto de 2009

O milagre



Aqui é o elemento esposa quem escreve...
Agora é hora de registrar o milagre que deu início à nossa família...

Em 2004, eu tinha 26 anos, 2 anos de casada e achava que já estava na hora de engravidar.

Mas eu tinha um probleminha muito chato chamado SOP (síndrome dos ovários policísticos). Em vez de menstruar 12 vezes por ano, eu menstruava apenas umas 5 vezes... sempre tive esse problema chato...
Minha ginecologista então tentou me fazer tomar um remedinho horroroso chamado CLOMID.
Pode ter servido pra muitas mulheres, mas ao menos pra mim, este CLOMID não prestou. A intenção era regular as ovulações. Além de não cumprir com o combinado, os efeitos colaterais que este medicamento me provocou foram os mais desagradáveis possíveis: espinhas colossais e doloridas no rosto que se assemelhavam a furúnculos, além de falhas no couro cabeludo decorrentes dos "tufos" de cabelo que caíam. Se ainda o remédio estivesse regulando alguma coisa, tudo bem, a gente podia agüentar as conseqüências com esperança...mas eu continuei loucamente desregulada. Depois de constatar que todo aquele sofrimento não serviu de nada, aposentei o CLOMID.

Nessa época desisti de engravidar por tempo indeterminado.

Em 2008 eu já estava com 30 anos... aí o relógio biológico apitou de novo...e voltei a falar com a ginecologista que estava na hora de engravidar... o que mais poderia ser feito?
Ela disse o seguinte pra mim:
"- Você não vai engravidar sem ajuda...", e tentou me fazer tomar de novo o terrível CLOMID.

Eu sabia que precisava regular a ovulação se quisesse engravidar antes dos 35. Mas a esse preço...
-Nããããão! Não existe outro remédio mais eficiente?
Ela respondeu:
- Olha, até existe, mas eu não trabalho com esse tipo de medicamento. Melhor você procurar a clínica de fertilidade X ou a Y... - e rabiscou os nomes das 2 clínicas em um papel. E me dispensou!
Tendo minha médica desistido de mim e passado o "abacaxi" pra uma clínica, pensei:
- Vou lá...não tenho nada a perder mesmo...
Alguns dias depois fui a um dos tais lugares...
A sala de espera me fez sentir mal. Era um lugar com revistas que só falavam em técnicas de fertilização e com os "preços camaradas" das tais técnicas. Assombroso.
Pra ajudar, o lugar era "sutilmente" decorado com várias estatuetas de mulheres barrigudas, estilizadas e de tudo o que é tipo e material.
Parecia aquele negócio de culto pagão aos deuses da fertilidade...credo...
Enquanto pensava nisso, o médico me chamou.
Óbvio que ele não quis me dar o tal medicamento alternativo ao Clomid. Antes disso me passou uma porção de exames pra fazer, entre eles a terrível HISTEROSSALPINGOGRAFIA.
Um exame que, de tão horroroso, até o nome dá medo...

Serve para injetar um líquido ardido (chamado “contraste”) nas trompas da mulher para saber se estão obstruídas. Se não estiverem, tudo bem: era só pra confirmar mesmo. E se estiverem, o próprio contraste desobstrui.
Ouvi falar de gente que fez o exame e engravidou em seguida porque as trompas estavam obstruídas e aí o problema foi resolvido.
Ou seja, seria tudo maravilhoso SE não fosse um exame extremamente dolorido.
Consultei algumas conhecidas que já passaram por isso e elas falaram horrores desse exame.
Resumindo: de julho até novembro, fiquei com a guia do exame guardada na gaveta e não me animei a fazer nenhum dos outros exames também.
Nesse período eu orei muito para que Deus simplesmente me poupasse de fazer esses exames, principalmente "o terrível".
Afinal, se o problema fosse o fato de que minhas trompas estavam obstruídas, Ele poderia desobstruir com uma única palavra. Eu não precisava fazer nada se tivesse fé de que Deus estava no controle de tudo, até do que estava oculto no meu corpo.
E com esse misto de fé em Deus e medo da dor do tal exame, não fiz nada e esperei que Deus agisse.

Orei a Deus e anotei a data em que larguei mão de querer estar no controle. Foi no dia 24-10-2008.

...
No primeiro dia de dezembro começou uma reviravolta na minha vida...
Acordei e vi que havia um inchaço estranho no pescoço, abaixo da orelha.. Só do lado direito. Era um caroço grande, dolorido e esquisito... Pensei logo que fosse caxumba. Doía muito quando apertava e pra engolir era um sufoco... fui ao pronto-socorro. O médico disse que provavelmente não era caxumba porque se manifestou muito rápido, disse que era provável ser uma infecção, possivelmente da garganta, que "escapou" para o gânglio ao lado e fez inchar... mas mesmo assim me passou vários exames de sangue e me receitou 2 remédios. Eu falei pra ele que não queria tomar remédios porque, pra variar, estava atrasada na menstruação e, apesar da chance ser mínima, eu poderia estar grávida. Ao ouvir isso, ele me passou um beta também. Então no fim da tarde voltei ao hospital para pegar os resultados. Deu:


negativo pra rubéola;

negativo pra mononucleose;

hemograma normal...e...

POSITIVO para gravidez!


Fiquei MUITO assustada, chorei, fiquei sem saber o que fazer e pra onde ir, afinal todos os ginecologistas que já tive foram enfáticos ao dizer que eu não ia engravidar sem ajuda, que eu precisava de tratamento... fora o fato de eu já ter aqui em casa aquela "coleção" de exames beta negativos... mas já que eu estava no hospital mesmo, voltei à sala de exames e falei que queria algumas explicações sobre os resultados. Marcaram outra consulta...e nessa consulta (minutos depois) o médico me parabenizou e já me encaminhou pra uma ecografia pra saber a quantas estava a gestação. Afinal se o meu atraso era de 3 meses, eu poderia estar grávida de semanas, 1 mês, 2 ou até mesmo 3 meses...vá lá saber...Tive que tomar água e esperar... Na ecografia o médico se espantou e perguntou por que eu estava ali, já que ele estava constatando que a gravidez era bem recente... só dava pra ver que era de 4 semanas.

Ou seja, ALGUNS DIAS depois de eu fazer aquela oração eu engravidei. Pela graça de Deus!


Expliquei a história ao médico e o motivo de estar fazendo aquele ultrassom e ele disse que, infelizmente, a gestação era tão recente que não dava pra ver nada. Ele explicou que só dá pra ver o embrião lá pela 6ª ou 7ª semana.
Nesse meio tempo, consultei-me com a ginecologista, que passou vários exames: de sangue, urina, fezes e a tão sonhada segunda ecografia . Corri pra fazer a ecografia que, no fundo, era a única coisa que me interessava fazer...rs
Chegou o dia e a médica disse que eu não estava de 6 semanas, como supunha. Eram 8 semanas! E finalmente eu vi o que queria ver: o embrião, seu coraçãozinho pulsando (163 bpm), a coluna vertebral sendo formada e a placenta começando a crescer.
Tudo isso em uma jujubinha de 14 mm! COMO ALGUÉM PODE ACHAR QUE DEUS NÃO EXISTE?
Deus, de uma forma que eu não esperava nem merecia, honrou minha "pitada" de fé, que estava salpicada sobre uma porção nada apetitosa de medo.
Obrigada, Deus, porque o Senhor tem em Tuas mãos o poder de vida e de morte. E com uma única palavra Tua, céus e terra são feitos, montes são movidos, uma senhora de 90 anos torna-se mãe, um exército pequeno derrota um grande, um menino derrota um gigante, bocas de leões são tapadas, o fogo não consome, trompas são desobstruídas (se é que era isso mesmo o meu problema - só Ele sabe. Se era, tá registrado aqui), ovários são curados, ossos são formados em oculto. Com uma única palavra Tua, o Senhor traz à existência aquilo que não existe! (Romanos 4:17)
Obrigada por tudo, Deus!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O início





Pode-se dizer que o projeto da família Alves Lis começou no dia 15 de outubro de 1994.
Este foi o dia em que o elemento esposa conheceu o elemento marido.
O encontro se deu assim:
O elemento esposa (Lu) estava saindo do ensaio do coral da igreja, no final da tarde. Ainda dentro da igreja, a irmã da Lu (Fer) a esperava para irem juntas para casa. Foi aí que Dani, uma amiga em comum, encontrou-as e resolveu apresentar as 2 irmãs recém-chegadas à cidade a 2 irmãos nativos: Cláudio e Wind (o elemento marido).
A conversa fluiu agradável até que era chegada a hora da Lu e Fer irem para casa. Elas se despediram do trio e foram em direção ao ponto do ônibus. Ficaram sozinhas por um pouco de tempo, até descobrirem que a Dani e os irmãos nativos também pegariam aquele mesmo ônibus. E também descobriram que eles moravam no mesmo bairro.
Deste dia em diante Wind e Lu sempre eram vistos juntos, uma amizade que rendeu várias outras. Lu passou no vestibular um ano depois. Wind e uma trupe de amigos em comum lhe deram um trote, com direito a banho de lama, ameaças de tesouradas no cabelo e tudo o mais.
No começo de 1998, após a torcida generalizada e confirmando a previsão dos amigos, Wind e Lu começaram a namorar.
Em 2001 se casaram.
No final de 2006 aconteceu a mudança para a tão sonhada casa própria.
Mas ainda faltava algo ao casal para que se tornasse uma família.
Quando se pensa na palavra "família", geralmente vem à mente a imagem de um grupo de pessoas: papai, mamãe e filhinho(a)(s).
Hoje em dia o conceito de família simplesmente virou "qualquer grupo de pessoas que vivem debaixo do mesmo teto".
Só que, para chegar àquele conceito mais arcaico, mais original de família: "grupo de pessoas unidos por laços de sangue", ainda faltava algo...
A seguir, cenas dos próximos posts...